Profissional

Autor: Ernandez Oliveira

A importância de ter um consultor financeiro: Proteja e faça crescer o seu dinheiro

Você já parou para pensar em como poderia estar usando o seu dinheiro de forma mais eficiente? Muitas pessoas enfrentam dificuldades quando o assunto é finanças pessoais e investimentos, e você não está sozinho nisso. A boa notícia é que existe uma solução simples e acessível para ajudá-lo a melhorar a sua situação financeira: contratar um consultor financeiro.

Por que contratar um consultor financeiro?

  1. Especialização e Conhecimento: Um consultor financeiro é um profissional treinado para entender e gerenciar investimentos. Ele conhece os detalhes do mercado financeiro, as melhores estratégias e pode ajudar a evitar erros comuns que podem custar caro. Imagine ter alguém que conhece todas as opções disponíveis e pode escolher a melhor para você!
  2. Planejamento Personalizado: Cada pessoa tem uma situação financeira única. O que funciona para uma pessoa pode não ser o melhor para outra. Um consultor financeiro irá analisar sua situação pessoal e criar um plano adaptado às suas necessidades e objetivos. Seja para comprar a casa dos sonhos, garantir a educação dos filhos ou garantir uma aposentadoria tranquila, ele pode ajudar a traçar o caminho certo.
  3. Economia de Tempo: Administrar seus investimentos pode ser complicado e consumir muito tempo. Ao contratar um consultor, você delega essa responsabilidade a um especialista, permitindo que você se concentre em outras áreas da sua vida sem se preocupar com o acompanhamento diário dos investimentos.
  4. Segurança e Tranquilidade: Com o auxílio de um consultor financeiro, você pode evitar decisões impulsivas e, muitas vezes, prejudiciais. Ele vai ajudá-lo a entender os riscos e oportunidades do mercado, fazendo com que você se sinta mais seguro e confiante em relação ao futuro financeiro.
  5. Acompanhamento Contínuo: O mercado financeiro é dinâmico e está sempre mudando. Um bom consultor financeiro não apenas ajuda a criar um plano inicial, mas também monitora e ajusta as suas estratégias conforme necessário. Isso significa que você terá alguém sempre atualizado sobre as melhores práticas e oportunidades.

Como escolher o consultor certo?

Ao escolher um consultor financeiro, é importante verificar sua formação e experiência. Certifique-se de que ele tem um bom histórico e referências positivas. Além disso, é essencial que o consultor entenda suas necessidades e trabalhe de forma transparente, explicando todas as opções e custos envolvidos.

Conclusão

Investir no futuro financeiro não precisa ser complicado nem solitário. Um consultor financeiro pode ser o parceiro que você precisa para alcançar seus objetivos com segurança e eficiência. Não deixe que a falta de conhecimento ou o medo de errar impeçam você de buscar o que há de melhor para suas finanças. Contratar um consultor é um passo importante para proteger e fazer crescer o seu dinheiro, e garantir uma vida financeira mais tranquila e promissora.

Se você quer garantir um futuro mais seguro e confortável, considere falar com um consultor financeiro hoje mesmo. Seu futuro eu agradecerá por essa decisão!

Diferença entre títulos do Tesouro

Uns dias atrás um cliente de consultoria me perguntou qual a diferença entre dois títulos do Tesouro Direto: Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2035 e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2040. Uma diferença obvia são os quase cinco anos de diferença entre o prazo de vencimento dos títulos, além disso, vou desconsiderar os valores das taxas pagas em cada caso. Ambos pagam juros semestrais. Para fins didáticos, vou me atentar ao fato de um ser prefixado e o outro atrelado ao IPCA.

O IPCA é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é o indicador oficial de inflação do país.

O primeiro título, prefixado, tem uma taxa definida, uma remuneração garantida em termos nominais. O segundo, tem uma parcela garantida em termos nominais e paga também a variação da inflação. Ou seja, para o segundo caso o investidor tem certeza que o seu dinheiro será corrigido em termos reais.

Para fins de análise, vamos utilizar um exemplo bastante simplificado:

Suponhamos que o IPCA está em 5% e a taxa de juros do tesouro IPCA+ também está em 5% para um período. Assumimos então que serão pagos 10% de juros para o período. Se o tesouro prefixado também está a pagar 10%, não existe virtualmente nenhuma diferença entre as duas aplicações.

Agora suponha que a inflação suba para 10%, quem investir em tesouro IPCA ira receber 15% de remuneração, enquanto quem investir em tesouro prefixado receberá apenas 10%. Por outro lado, suponha, por exemplo, que a inflação registrada no período caia para 2%, então a pessoa investidora do tesouro prefixado iria receber 10%, e a pessoa investidora do tesouro IPCA+ receberia 7% como remuneração para o período.

A partir desta análise podemos perceber que enquanto uma taxa é fixa, a outra é híbrida, composta de uma parte fixa e outra variável. Dessa forma, percebemos também que estes investimentos podem ser mais ou menos indicados para cada caso, daí a importância de contar com o auxílio de um especialista. Entre em contato comigo e agende uma consulta.

O que é o Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 – Bolsa de Valores do Brasil – para a venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. O programa foi lançado em 2002, durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos, permitindo aplicações a partir de cerca de R$ 30,00.

Os títulos comercializados pelo programa são títulos do Tesouro Nacional ou títulos da Dívida Pública Federal (DPF) e possuem um papel muito importante para o mercado e o governo. Esses títulos são instrumentos de equilíbrio fiscal e servem para a geração de recursos junto à sociedade, com o objetivo principal de financiar as despesas públicas.

Os governos frequentemente utilizam recursos de empréstimos para financiar suas atividades, seja em países emergentes ou economicamente mais desenvolvidos. Historicamente, os títulos públicos foram bastante relevantes para financiar gastos relacionados a guerras, operações militares, pesquisa científica e infraestrutura. Alguns exemplos de países com dívidas públicas notórias – por diversas razões – são: Japão, Estados Unidos, Grécia e Argentina.

Além da importância histórica das dívidas públicas para os Estados, títulos de dívida também constituem importantes instrumentos de poupança e investimento. O governo, via de regra, é o melhor agente para o qual se pode emprestar dinheiro, já que é quase certo que se receberá o valor acrescido de juros no vencimento. Isso ocorre porque o governo pode imprimir mais dinheiro e honrar a dívida, o que não pode ser feito por outros credores. Assume-se que o empréstimo para o governo é considerado o investimento mais seguro existente, pois para que você fique sem receber o valor emprestado é necessário, em teoria, que o país inteiro quebre, algo bastante difícil.

Governos já deram calote, e cada país tem um risco e um prêmio de risco específicos. De qualquer forma, grande parte das instituições financeiras mantém parte de suas reservas em títulos públicos. Além disso, em caso de crise econômica severa, pode ocorrer também a taxação sobre propriedades como imóveis, ou ainda a emissão de grandes somas de dinheiro, o que pode corroer o valor do dinheiro por meio de imposto inflacionário. Ou seja, é virtualmente impossível se livrar do risco da dívida pública, pode-se apenas minimizar a exposição ao mesmo: estratégias como investir em outros países podem reduzir esse risco, mas, nesse caso, o agente está se expondo aos riscos da economia e da dívida pública do outro país em questão.

No contexto de economias globalizadas, a grande integração entre as economias nacionais produz riscos sistêmicos ou não-diversificáveis. A interação comercial entre as nações, firmas e habitantes altera as reservas e os fluxos financeiros. O Brasil, por exemplo, é um dos países que mais financiam a dívida pública dos Estados Unidos. A princípio, pode parecer não fazer sentido o Brasil, que pega dinheiro emprestado, emprestar dinheiro para o Tesouro dos EUA, sobretudo quando se considera que as taxas de juros pagas pelo Governo Brasileiro normalmente são maiores do que as taxas pagas pelo Governo dos Estados Unidos, causando um efetivo prejuízo aos cofres brasileiros. Entretanto, essas reservas são muito úteis para evitar volatilidades de mercado internacional, gerando confiança para agentes que dependem da conversão de moedas para comercializar.

As reservas internacionais geridas pelo Banco Central do Brasil servem como uma espécie de “seguro” que garante o cumprimento de obrigações no exterior. As reservas normalmente são constituídas em dólar americano, pois é a moeda mais utilizada para comércio internacional, e os títulos do Tesouro dos EUA, que são garantidos pelo Governo dos Estados Unidos, são tidos como um dos mais seguros do mundo, em parte pelo tamanho e pujança da economia estadunidense.

Voltando ao Tesouro Direto, suas características como segurança, acessibilidade e flexibilidade o fizeram um programa muito bem-sucedido. É uma excelente alternativa de investimento, uma vez que oferece títulos com diferentes tipos de rentabilidade (prefixada, ligada à variação da inflação ou à variação da taxa de juros básica da economia), diferentes prazos de vencimento e também diferentes fluxos de remuneração. Esse grande número de opções facilita encontrar títulos alinhados aos objetivos de cada pessoa investidora.

Os títulos podem ser prefixados ou atrelados à variação da taxa Selic – taxa de juros básica da economia – ou à variação da taxa IPCA – taxa de inflação oficial do Brasil – e têm diferentes prazos de vencimento, permitindo investimentos de relativo curto ou longo prazo. Alguns títulos pagam juros semestrais, ou seja, não é necessário esperar o vencimento do título ou vendê-lo antes da data de vencimento para começar a usufruir dos benefícios do investimento.

Além dos títulos com as características supracitadas, atualmente existem dois tipos de títulos bem específicos: o Tesouro Renda+ e o Tesouro Educa+. O Tesouro Renda+ é um título com pagamento de rendas mensais a partir da data de conversão que acontece 240 meses antes da data de vencimento. Ou seja, o título pode servir como um complemento da aposentadoria, ajudando a pessoa investidora a se aposentar com qualidade. O Tesouro Educa+ é também um título com pagamento de rendas mensais a partir da data de conversão que acontece 60 meses antes da data de vencimento. Esse título tem o propósito de auxiliar famílias a investirem no futuro educacional de seus filhos, funcionando como uma espécie de poupança. Os dois títulos têm remuneração híbrida, com uma parte fixa e a outra atrelada à inflação.

Para lidar melhor com os riscos da Dívida Pública Federal e escolher os títulos e prazos mais adequados para seus objetivos, considerando as condições macroeconômicas, a necessidade de recursos e outras características próprias do seu planejamento financeiro, é importante contar com o auxílio de um profissional de investimentos especializado e independente, como um Consultor de Valores Mobiliários. Entre em contato comigo e agende uma consulta.

O que são Ações?

Ações são títulos – também conhecidos como papéis – que representam a menor fração do capital social – ou patrimônio líquido – de uma empresa e são resultado da divisão do capital social em partes iguais. Ações podem ser tanto de sociedades anônimas de capital aberto quanto de capital fechado. No entanto, no contexto do mercado financeiro, normalmente se utiliza o termo “ações” em referência às frações de companhias de capital aberto, ou seja, aquelas que são negociadas em alguma Bolsa de Valores.

Como uma ação é um investimento em título patrimonial, que concede aos seus titulares – os acionistas – os direitos e deveres de um “sócio” da companhia, no limite das ações possuídas e conforme estabelecido na legislação, a aquisição de ações atribui ao acionista direitos como: voto em assembleia – a depender do tipo de ação ou determinadas condições previstas em lei – dividendos, juros sobre o capital próprio, bonificação e direitos de subscrição. Esses proventos – que podem aumentar o capital ou a quantidade de ações de um acionista – são formas de remuneração que os acionistas esperam em contrapartida pelo capital investido e pela assunção de risco.

Assim como ocorre com o conceito de Pessoa Jurídica (PJ) a partir do Princípio da Entidade e da ideia de responsabilidade limitada, as perdas em que os acionistas podem incorrer ao investir em ações são, em regra, limitadas ao valor pago pelas mesmas (similar ao capital social investido no caso das empresas de capital fechado). Além disso, as ações normalmente são ativos bastante líquidos: fáceis de negociar e transformar em dinheiro. Essas características contribuíram para fazer das ações um dos principais tipos de ativo para poupança e investimento, bem como ferramentas extremamente importantes para o desenvolvimento econômico das nações – sobretudo das economias capitalistas modernas – desde que surgiram em Amsterdam para financiar as grandes navegações da Companhia Holandesa das Índias Orientais.

Existem diferentes tipos de ações, tais como Ordinárias (ON) e preferenciais (PN), bem como diferentes segmentos de listagem, o que confere aos acionistas direitos diferentes, apesar do ambiente comum de mercado da Bolsa de Valores. Além das regras específicas de cada tipo de papel e de cada segmento de listagem, as companhias cujas ações representam o capital social também estão expostas a diferentes mercados e riscos e têm um grupo de executivos e gestão distintos, que podem trazer à pessoa investidora melhores ou piores resultados.

A análise profissional de ações é prerrogativa dos Analistas de Valores Mobiliários; no entanto, as suas análises e recomendações são de caráter geral. Analistas podem, por exemplo, dizer se acreditam que uma ação está barata ou cara, o que indicaria se as pessoas deveriam ou não investir em dada companhia. No entanto, mesmo se uma ação estiver barata, a companhia pode ser inadequada para o perfil de risco da pessoa investidora ou não fazer sentido em relação aos seus objetivos ou horizonte temporal, o que poderia ocasionar prejuízos no futuro.

O Consultor, sem dúvidas, depende bastante do trabalho dos analistas, mas esse trabalho sozinho não basta para a decisão de alocação de recursos. É preciso uma análise mais holística, detalhada e integral para cada pessoa investidora. Essa análise aprofundada permite decisões personalizadas e mais assertivas. De qualquer forma, a consultoria de valores mobiliários é atividade privativa do Consultor de Valores Mobiliários nos termos da lei.

Para lidar melhor com os riscos externos – como fatores macroeconômicos – e internos das companhias – como governança corporativa e cultura, por exemplo – ao investir em ações, é importante contar com o auxílio de um profissional de investimentos especializado e independente, como um Consultor de Valores Mobiliários. Entre em contato comigo e agende uma consulta.

Derivativos: O que são e para que servem?

O que são derivativos?

Derivativos são instrumentos financeiros cujo valor derivam de outros ativos, de taxas de referência ou de índices de mercado. Eles podem ser derivados tanto de ativos físicos, tais como soja, milho e petróleo como de ativos financeiros como moedas, ações ou taxas de juros. Os principais tipos de derivativos são: contratos a termo, contratos futuro, opções e swaps.

Qual é a dinâmica de negociação?

A dinâmica de negociação de derivativos é relativamente simples: as partes envolvidas se comprometem a comprar ou vender um ativo específico por um preço determinado em um prazo estabelecido. Essa transação envolve um acordo prévio sobre o objeto, preço e prazo, sendo conhecidos de antemão por ambas as partes. No entanto, o que gera incerteza e risco é o fato de que o preço futuro do ativo base para o derivativo é sempre desconhecido.

Embora a negociação em si seja relativamente simples, as estratégias para operações com esses instrumentos podem ser extremamente complexas.

Qual a utilidade dos derivativos?

Cada tipo de derivativo tem suas características próprias e regras de negociação, no entanto, todos têm praticamente três usos: proteção, especulação e arbitragem, como detalhado abaixo:

Proteção

Os derivativos são especialmente úteis para fixar preços de ativos no futuro, atuando como uma espécie de seguro que reduz os impactos da volatilidade dos preços nos mercados. Essa função permite que as empresas prevejam e planejem melhor seus fluxos de caixa, uma vez que têm conhecimento antecipado dos gastos e custos. Esse uso, conhecido como hedge, é especialmente relevante para companhias com dívidas em moeda estrangeira, como dólar ou euro, ou que necessitam dessas moedas para importar insumos. Além disso, os derivativos são de extrema importância para negócios de base agrícola, mineradora e fabril, que dependem diretamente de commodities.

Especulação

Do outro lado das operações de proteção, normalmente encontramos os especuladores. Esses agentes lucram com as variações entre os preços acordados nos contratos e os preços reais das mercadorias, o que pode resultar em ganhos ou perdas para os vendedores e compradores dos derivativos.

Para o especulador, o ativo subjacente do derivativo não é de extrema importância; ele está mais interessado no risco envolvido nas operações e na possibilidade de obter lucros.

Apesar de algumas pessoas terem uma visão negativa em relação aos especuladores, eles desempenham um papel crucial no mercado financeiro. Ao atuarem como contrapartes para aqueles que buscam proteção de preços, os especuladores são essenciais para o funcionamento do mercado, assumindo riscos e gerando liquidez.

É importante mencionar que estudos sugerem que operações de day trade, em geral, têm resultado em prejuízos para investidores pessoas físicas e esses prejuízos podem ser ampliados em casos de operações alavancadas que utilizam instrumentos de derivativos.

Arbitragem

Alguns investidores utilizam instrumentos derivativos para realizar operações de arbitragem, as quais são consideradas de baixo risco em comparação com as operações de especulação. Isso se deve ao fato de que, na arbitragem, o preço de compra e de venda já são conhecidos antecipadamente.

Em termos simples, a arbitragem consiste em aproveitar preços diferentes para o mesmo ativo em diversos mercados. Embora o valor intrínseco do ativo seja o mesmo, independentemente do mercado, o processo de formação de preços não é perfeito, o que pode levar a discrepâncias nos preços. É nesse ponto que a arbitragem entra em cena, buscando equalizar os preços e gerar lucros, normalmente de forma pequena em cada operação.

Em tempos de negociação de alta frequência, home brokers e altíssima velocidade de transmissão de dados, as oportunidades de arbitragem são menores e o processo de formação de preços tende a ser mais eficiente. No entanto, historicamente, os derivativos utilizados em arbitragem têm sido muito úteis para investidores que obtiveram lucros e para mercados que se tornaram mais eficientes.

Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades

Existem diversas controvérsias em torno dos derivativos, mas é inegável que esses instrumentos desempenham um papel útil e crucial nas economias capitalistas modernas. Contudo, é essencial considerar a magnitude das operações envolvendo esses ativos e a possibilidade de gerar riscos sistêmicos. Por isso, acredito que tais operações devem ser conduzidas com cautela e baseadas em estudos aprofundados. Concordo com as palavras do oráculo de Omaha:

Derivativos são armas financeiras de destruição em massa.”

warren Buffett

Como investir no mercado de derivativos?

Para investir em derivativos é necessário seguir alguns passos, entre os quais estão:

  • Conheça seu perfil de investidor
  • Escolha uma corretora para operar
  • Analise os derivativos e escolha uma estratégia

Se tiver interesse em investir nesse mercado, considere contar com o auxílio de um consultor de investimentos. Para mais informações sobre como investir nos quatro tipos de instrumentos citados me contate para agendar uma consulta.

Minimalismo – Um artigo sobre as coisas importantes

Em primeira instância, preciso dizer que este texto foi inspirado por um ótimo documentário lançado em 2016 e dirigido por Matt D’Avella: “Minimalism: A Documentary About the Important Things” (Minimalismo: Um Documentário Sobre as Coisas Importantes). O documentário possui pouco mais de uma hora de duração e apresenta as ideias com uma linguagem simples e uma agradável trilha sonora. Contudo, nos leva a pensar sobre o nosso próprio consumo; podemos até questionar se, ao comprar algo, estamos consumindo ou sendo consumidos. Outra inspiração para este artigo foi uma entrevista de Jose Mujica (ex-presidente do Uruguai) no documentário “HUMAN,” também lançado em 2016. Nela, Pepe Mujica fala sobre sobriedade e consumismo.

No artigo “O prazer do desapego: minimalistas defendem que ter menos coisas cria mais liberdade,” de Laís Modelli, disponível no site da BBC, a autora explica o termo.

A palavra “minimalismo” surgiu de movimentos artísticos do século 20 que seguiam o preceito do uso de poucos elementos visuais e, aos poucos, migrou para o campo social.

“Enquanto expressão comportamental da sociedade, o minimalismo é um reflexo de movimentos contraculturais anteriores, como o punk e o hippie, que questionaram a sociedade de consumo e seus excessos”, explica o pesquisador em cultura e comunicação Marcelo Vinagre Mocarzel, professor da Universidade Federal Fluminense.

Diferentemente dos contraculturais, os minimalistas não buscam construir uma sociedade alternativa. “Os minimalistas têm buscado combater o consumismo por dentro do sistema. Isso quer dizer que eles trabalham, se vestem normalmente e até consomem.”

“Em certa medida, os minimalistas se aproximam mais dos capitalistas clássicos descritos por Max Weber: capitalismo não é o problema para eles, mas sim esse capitalismo selvagem ancorado na ostentação e no desperdício”, aponta.

Estando esclarecido o significado da palavra, podemos continuar. Muitas partes de nossas vidas são vividas de forma automática, passamos o tempo todo buscando e nunca nos satisfazemos verdadeiramente. Muitas pessoas se sentem vazias e tentam preencher esse vazio com coisas, consumindo ou sendo consumidas.

Ao mesmo tempo que vivemos os melhores padrões de vida da história, existe uma busca insaciável por mais. Esse desejo talvez seja natural, mas nos dias atuais, não é mais tão necessário; não vivemos mais em meio à natureza selvagem. Estamos programados para viver em um ambiente, porém vivemos em outro muito diferente.

A cultura estadunidense também nos cega de certa forma, com uma ilusão de como nossas vidas deveriam ser: perfeitas e irreais. Apesar de termos uma cultura própria e bastante diferente da estadunidense, importamos muito da nossa cultura de massa dos EUA; filmes, séries, músicas e livros consumidos no Brasil são, em grande parte, originários dos Estados Unidos. Isso pode gerar muita insatisfação: além de não termos o mesmo poder de compra dos cidadãos americanos, tentar viver assim pode causar sérios danos, e a maioria de nós não vê uma alternativa de vida, exceto aquela que somos diariamente, incessantemente, estimulados a viver. As pessoas precisam saber que têm opção, que não precisam viver dessa maneira.

O minimalismo é uma alternativa, uma das formas de fugir da loucura, dos excessos, de tudo o que não acrescenta. Viver mais deliberadamente com menos é um objetivo nobre. Nós vivemos em um mundo no qual somos tratados como mercadorias. Existimos para sermos consumidos.

As casas gigantes que muitos têm hoje e os que não têm sonham possuir não são utilizadas; apenas uma pequena parte do espaço é usado, algo em torno de 40%. O mesmo vale para o guarda-roupa cheio de peças que raramente são tocadas pela luz do sol. De um ponto de vista radical, o simples fato de termos casas maiores do que precisamos já gera vários problemas, além dos custos privados de depreciação e o custo de oportunidade de se gastar com algo que não é necessário e não acrescenta nada à nossa vida; existe ainda o enorme custo que é socializado, o custo logístico, de pessoas morando cada vez mais distantes de seus locais de trabalho, gerando cada vez mais demandas por automóveis, ineficiências energéticas, gasto de tempo, tudo isso porque é um mal dos comuns; cada um querer uma casa grande. Se utilizando somente o espaço necessário, por exemplo, conseguíssemos diminuir as distâncias em 25%, teríamos 25% menos perdas de combustíveis, tempo de deslocamento, energia nas linhas de transmissão e alta tensão e também nas redes de saneamento. Imagine se isso gerasse uma redução de 10% nas suas faturas, além de muito sustentável, seria uma economia tremenda, um ganho enorme de eficiência que não diminuiria em nada a sua qualidade de vida ou o lucro das companhias de energia e de saneamento. Para beneficiar alguns setores da economia, somos estimulados a consumir muito mais do que o necessário e isso faz a vida pior para a parcela da população que não tem ações ou quotas das empresas e precisam trabalhar para adquirir renda.

Às vezes, é bom pensar antes de consumir, assim podemos diminuir os nossos próprios gastos e também as externalidades negativas que geramos. Consumir é também um ato político. E consumir com consciência e bom senso é votar no melhor candidato sempre. Todo o poder emana do povo, que muitas vezes o exerce entregando-o a alguém que está prejudicando a sociedade como um todo.

Nós não vamos sempre tomar decisões ótimas, mas podemos tomar decisões muito melhores do que as que tomamos atualmente. Não é fácil ler isso, mas nós somos irresponsáveis. Muito irresponsáveis. Além disso, segundo Forrest Gump, idiota é aquele que faz idiotices, e por essa definição podemos nos considerar idiotas. A vantagem de nos enxergarmos assim é perceber que podemos nos tornar melhores, com uma simples mudança de comportamento, diminuindo a quantidade de idiotices que fazemos.

Na economia, a monotonicidade implica que é preferível mais a menos. Isso pode não parecer muito racional, mas comprar menos a mais, dentro da perspectiva do minimalismo, faz sentido. Ter mais de qualquer bem nem sempre é melhor, porque isso pode gerar custos desnecessários. Um custo que não gera satisfação de necessidade é um trade-off que não faz sentido. Se eu comprar produtos melhores e com durabilidades maiores, posso comprar menos produtos. E como o valor é mais alto, o preço também é, assim as corporações poderiam continuar com seu lucro, os funcionários com seus empregos, e os clientes com seus produtos (em menor quantidade e com maior qualidade). Algumas empresas já fazem isso: vendem produtos de alta durabilidade e performance, e são muito bem sucedidas com esse modelo de negócio.

Com uma economia cada vez mais ofertante e dependente de serviços, pode-se ainda incentivar o conserto de bens em vez de o descarte e substituição por novos produtos, o que também manteria uma fonte de receita para as empresas. Nós precisamos mudar nossas demandas e, assim, incentivar que as firmas mudem suas ofertas.

A economia, de forma simples, é a ciência da alocação de recursos escassos. Podemos fazer alocações muito mais eficientes e dedicar muito mais recursos para pesquisa e desenvolvimento; basta tomar melhores decisões.

Com o minimalismo, podemos ter mais progresso em menos tempo. Imagine transformar 10% dos gastos com produtos supérfluos em pesquisa e desenvolvimento nas áreas de saúde, energia, educação, inteligência artificial, entre outras. Nós poderíamos construir um mundo muito melhor do que o atual, poderíamos erradicar a pobreza e a fome na Terra ou até mesmo conquistar outros corpos no universo, tudo isso simplesmente tomando decisões mais inteligentes.

Gustavo Cerbasi define salário não como renda, mas como uma indenização, seguindo a interpretação de que trabalhar rouba tempo do trabalhador, tempo que poderia dedicar a investimentos pessoais, prejudicando consequentemente o aumento de sua riqueza. O fruto do nosso trabalho pode ser muito mais saboroso. Uma vida cheia de avareza certamente é um caminho para a infelicidade e insatisfação, mas uma vida frugal não. Uma vida frugal pode ser um caminho para uma vida muito satisfatória e livre.

Imagine uma vida com menos – menos estresse, menos insatisfação, menos dívidas, uma vida com menos distrações. Agora imagine uma vida com mais – mais tempo, mais relações significativas, mais crescimento, mais contribuição e contentamento. Nós somos muito materialistas, no sentido coloquial da palavra, mas no sentido real, somos pouco materialistas, pois descartamos muito material, tratamos o resultado de muito trabalho como lixo. Jogamos fora trabalho humano todos os dias, o nosso e o do próximo. Isso por si só não é um problema, não é necessariamente ruim, mas jogar tanto trabalho humano no lixo, sem nenhuma necessidade, parece antiético e muito cruel.

No documentário, duas citações são particularmente marcantes:

“Você pensa que mais dinheiro te dará mais segurança. O problema é que você não necessariamente tem o controle sobre ganhar mais. Uma coisa que você tem controle é de gastar menos. Você tem o controle de ter menos, e por ter menos, você automaticamente usa melhor o que tem.”

“Porque não acho que há algo de errado com o consumismo. O problema é o consumismo compulsório. Comprar coisas porque isso é o que você deveria fazer. É isso que a propaganda nos manda fazer. Ou isso é o modelo mágico de felicidade, e então, quando obtém, você percebe que não te torna tão feliz quanto você pensava.”

Podemos concluir que talvez devêssemos ser mais conscientes, menos idiotas, tomar decisões melhores e não entregar nossa liberdade a ninguém, pois sem ela não podemos ter mais nada.

Dado o meu gosto por citações, seguem algumas dos minimalistas – protagonistas do documentário -, do filósofo irlandês Edmund Burke, de José Mujica, do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, da autora brasileira Clarice Lispector e do autor inglês J. R. R. Tolkien. Creio que eles corroboram partes da minha perspectiva no texto acima.

“Ame pessoas. Use coisas. O contrário nunca funciona.”

The Minimalists

“A economia é uma virtude distributiva e consiste não em poupar, mas em escolher.”

Edmund Burke

“Ou você é feliz com pouco, porque a felicidade está dentro de você, ou você não consegue nada. Isso não é uma apologia da pobreza, mas da sobriedade. Só que inventamos uma sociedade de consumo, e a economia tem que crescer, porque senão acontece uma tragédia. Inventamos uma montanha de consumo supérfluo. Compra-se e descarta-se. Mas o que se gasta é tempo de vida. Porque quando você compra algo, você não paga com dinheiro. Você paga com tempo de vida que teve que gastar para ter este dinheiro. O argumento é diferente. A única coisa que não se pode comprar é a vida. A vida só se pode gastar. E é lamentável desperdiçar a vida, para perder a liberdade.”

José Mujica

Na sociedade de consumidores, ninguém pode se tornar sujeito sem primeiro virar mercadoria, e ninguém pode manter segura sua subjetividade sem reanimar, ressuscitar e recarregar de maneira perpétua as capacidades esperadas e exigidas de uma mercadoria vendável.

Zygmunt Bauman

As pessoas “são aliciadas, estimuladas ou forçadas a promover uma mercadoria atraente e desejável. Para tanto, fazem o máximo possível e usam os melhores recursos que têm à disposição para aumentar o valor de mercado dos produtos que estão vendendo. E os produtos que são encorajadas a colocar no mercado, promover e vender são elas mesmas.”

Zygmunt Bauman

“Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.”

Clarice Lispector

“Tudo o que temos de decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado.”

J.R.R. Tolkien

“Se mais de nós déssemos mais valor a comida, bebida e música do que a tesouros, o mundo seria mais alegre”

J.R.R. Tolkien

Caso tenha se interessado por uma vida minimalista e queira começar a investir com o auxílio de um Consultor de Investimentos credenciado à Comissão de Valores Mobiliários entre em contato comigo e agende uma consulta.

Renda Fixa e Renda Variável

Os investimentos são classificados em duas categorias principais: renda fixa e renda variável. A principal diferença entre eles é que, na renda fixa, o valor a ser recebido no futuro é conhecido no presente, enquanto que na renda variável não é possível prever o valor com certeza. Existem várias classes de ativos que pertencem a um dos dois grupos. Além disso, existem veículos de investimento que podem ser formados por ativos de renda fixa, mas são considerados investimentos de renda variável.

Alguns exemplos de investimentos de renda fixa são Títulos Pré-Fixados da Dívida Pública, como alguns títulos do Tesouro, Certificados de Recebíveis Imobiliários ou do Agronegócio, com taxas pré-fixadas, debêntures e outros. Já na renda variável, ações e fundos imobiliários são bons exemplos. Fundos de investimento e ETFs (Exchange Traded Funds – usualmente fundos de ações que replicam índices e são negociados nas bolsas de valores) normalmente também têm retornos variáveis. Existe ainda outra opção de investimento que pode combinar ativos de renda fixa e de renda variável, como é o caso das operações estruturadas. Essas operações podem ser estruturadas pelos próprios investidores, mas é comum que corretoras de valores mobiliários ofereçam operações já estruturadas para seus clientes, conhecidas como COEs (Certificados de Operações Estruturadas).

No Brasil, existem várias opções de investimento. No entanto, ao compararmos nosso país com nações e mercados mais desenvolvidos, como o mercado financeiro e de capitais dos Estados Unidos, percebemos que as opções ainda são relativamente limitadas por aqui. Nos últimos anos, a educação financeira tem alcançado mais pessoas, mas ainda há muito espaço para crescimento nessa área. Algumas pessoas têm preferências por investimentos e ativos de renda fixa, enquanto outras preferem renda variável; essas preferências dependem de diversos fatores, tais como o perfil de investidor, tolerância ao risco, horizonte de investimentos, entre outros.

É importante ressaltar que muitas pessoas, ao investirem, não consideram algumas das características dos investimentos e podem também não ser muito conscientes em relação ao risco que correm ao investir em determinados ativos ou realizar determinadas operações. Essa inconsciência pode causar prejuízos e, consequentemente, insatisfação. Por isso, é importante buscar conhecer melhor os mercados, os ativos e até mesmo os interesses dos participantes. O mercado está cheio de pessoas prometendo retornos, estratégias, informações e, na minha opinião, até mesmo milagres. No caso das pirâmides financeiras, por exemplo, as pessoas são persuadidas a participar do sistema e, na maioria dos casos, acabam perdendo dinheiro, pois a base da pirâmide, no momento da queda, é sempre muito ampla.

Independente da sua preferência em relação às classes de ativos, é sempre bom contar com o auxílio de um profissional. Como disse o investidor lendário conhecido como oráculo de Omaha:

“O risco vem de não saber o que você está fazendo.”

Warren Buffett

Caso queira começar a investir, ou precise de ajuda com a sua carteira de investimentos, pode contar com o auxílio de um Consultor de Investimentos credenciado à Comissão de Valores Mobiliários, entre em contato comigo e agende uma consulta inicial.

Por que poupar?

Existem vários fatores que justificam o ato de poupar. Se você acredita que a vida é curta e que não vale a pena deixar para depois o dinheiro que pode ser gasto hoje, talvez precise repensar essa perspectiva.

A Comissão de Valores Mobiliários define poupar como acumular valores no presente para utilizá-los no futuro, o que geralmente envolve mudanças de hábitos e requer uma redução nos gastos pessoais e familiares.

Poupar permite alcançar segurança financeira, um dos principais fatores de felicidade, pois proporciona uma relação mais tranquila com o futuro. Imagine, por exemplo, saber que se você ficar desempregado por um ano, possui recursos suficientes na poupança para se manter durante esse período. É para esses momentos que a poupança em forma de reserva financeira ou reserva de emergência é extremamente útil. Chegar a um nível de poupança alto o suficiente para conseguir se sustentar por um ano não é fácil, mas é possível. Com uma capacidade de poupança de 10% dos seus rendimentos, em 10 anos você consegue acumular um ano em reserva.

Poupar é um hábito muito importante também para quem quer investir. Segundo a Comissão de Valores Mobiliários, investir é empregar o dinheiro poupado em aplicações que rendam juros ou outra forma de remuneração ou correção. Ou seja, quando você investe o seu dinheiro, após determinado período de tempo, você terá mais dinheiro do que tinha antes. É um ciclo virtuoso: quanto mais você consegue poupar, mais consegue investir e menos precisa poupar para ter segurança financeira.

Se você começar a poupar hoje, no futuro poderá olhar para trás e ser grato ao seu “eu” de hoje por ter começado a poupar e a investir. Talvez ele esteja enfrentando momentos de dificuldade ou colhendo bons frutos de investimentos, mas de qualquer forma, você é o responsável por tudo isso.

Saber investir é tão importante quanto poupar, pois um investimento pode aumentar muito a riqueza poupada ou até mesmo destruí-la completamente. Por isso, em outros artigos, vou explicar detalhadamente os tipos de investimentos, os tipos de risco e os perfis de investidores. Se você souber o seu perfil de investidor e conhecer os tipos de investimentos e seus riscos, certamente poderá escolher o mais adequado e fazer o seu patrimônio crescer.

Para muitas pessoas, o mundo dos investimentos é considerado chato e altamente complexo, o que pode ser bastante desanimador. Além disso, os erros nesse campo podem custar muito caro. No entanto, não é necessário gastar muito tempo ou compreender ativos e instrumentos complexos e maçantes. Você pode contar com o auxílio de um profissional qualificado, que acha o mercado financeiro interessante e que fez da sua profissão ajudar pessoas a investir melhor.

Se você deseja iniciar seus investimentos ou se já é um investidor e busca melhorar seus retornos ou reduzir os riscos, pode contar comigo para auxiliá-lo(a), em troca de uma taxa justa e transparente. Com a consultoria de valores mobiliários, não há conflito de interesses e você pode contar com um serviço profissional para adequar seus ativos ao seu perfil, objetivos e horizontes temporais. Entre em contato comigo e agende uma consulta.

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