Ações são títulos – também conhecidos como papéis – que representam a menor fração do capital social – ou patrimônio líquido – de uma empresa e são resultado da divisão do capital social em partes iguais. Ações podem ser tanto de sociedades anônimas de capital aberto quanto de capital fechado. No entanto, no contexto do mercado financeiro, normalmente se utiliza o termo “ações” em referência às frações de companhias de capital aberto, ou seja, aquelas que são negociadas em alguma Bolsa de Valores.

Como uma ação é um investimento em título patrimonial, que concede aos seus titulares – os acionistas – os direitos e deveres de um “sócio” da companhia, no limite das ações possuídas e conforme estabelecido na legislação, a aquisição de ações atribui ao acionista direitos como: voto em assembleia – a depender do tipo de ação ou determinadas condições previstas em lei – dividendos, juros sobre o capital próprio, bonificação e direitos de subscrição. Esses proventos – que podem aumentar o capital ou a quantidade de ações de um acionista – são formas de remuneração que os acionistas esperam em contrapartida pelo capital investido e pela assunção de risco.

Assim como ocorre com o conceito de Pessoa Jurídica (PJ) a partir do Princípio da Entidade e da ideia de responsabilidade limitada, as perdas em que os acionistas podem incorrer ao investir em ações são, em regra, limitadas ao valor pago pelas mesmas (similar ao capital social investido no caso das empresas de capital fechado). Além disso, as ações normalmente são ativos bastante líquidos: fáceis de negociar e transformar em dinheiro. Essas características contribuíram para fazer das ações um dos principais tipos de ativo para poupança e investimento, bem como ferramentas extremamente importantes para o desenvolvimento econômico das nações – sobretudo das economias capitalistas modernas – desde que surgiram em Amsterdam para financiar as grandes navegações da Companhia Holandesa das Índias Orientais.

Existem diferentes tipos de ações, tais como Ordinárias (ON) e preferenciais (PN), bem como diferentes segmentos de listagem, o que confere aos acionistas direitos diferentes, apesar do ambiente comum de mercado da Bolsa de Valores. Além das regras específicas de cada tipo de papel e de cada segmento de listagem, as companhias cujas ações representam o capital social também estão expostas a diferentes mercados e riscos e têm um grupo de executivos e gestão distintos, que podem trazer à pessoa investidora melhores ou piores resultados.

A análise profissional de ações é prerrogativa dos Analistas de Valores Mobiliários; no entanto, as suas análises e recomendações são de caráter geral. Analistas podem, por exemplo, dizer se acreditam que uma ação está barata ou cara, o que indicaria se as pessoas deveriam ou não investir em dada companhia. No entanto, mesmo se uma ação estiver barata, a companhia pode ser inadequada para o perfil de risco da pessoa investidora ou não fazer sentido em relação aos seus objetivos ou horizonte temporal, o que poderia ocasionar prejuízos no futuro.

O Consultor, sem dúvidas, depende bastante do trabalho dos analistas, mas esse trabalho sozinho não basta para a decisão de alocação de recursos. É preciso uma análise mais holística, detalhada e integral para cada pessoa investidora. Essa análise aprofundada permite decisões personalizadas e mais assertivas. De qualquer forma, a consultoria de valores mobiliários é atividade privativa do Consultor de Valores Mobiliários nos termos da lei.

Para lidar melhor com os riscos externos – como fatores macroeconômicos – e internos das companhias – como governança corporativa e cultura, por exemplo – ao investir em ações, é importante contar com o auxílio de um profissional de investimentos especializado e independente, como um Consultor de Valores Mobiliários. Entre em contato comigo e agende uma consulta.